O tempo, a hora, a minha discórdia.
O stop dos desesperados à procura de suas ilusões.
Da glória que passa apertada.
To aqui, to eu, ta você.
No meu tempo, meu minuto, só meu.
Ninguém há de me corrigir. Sinto-me luz, sinto-me guia.
No meu cigarro, minha sintonia, sintonia do meu eu.
Numa dose, conheço meu ser, vou até meu fim, até Marte pra me conhecer.
Enquanto tun tun meu coração, vou agitar. Vou viver.
Sinto-me luz, sinto-me eu.
Tenho meu tempo, você tem o seu e assim eu espero.
Acenda uma vida, acenda a agonia, todos querem saber.
Acendi um cigarro, vi ele se queimar implorado por vida, por desapego, pela desilusão.
É o tempo da luz cega, do entardecer envergonhado.
Do sol, meu sol estacionado nas lacunas de todo um instante.
Vejo luz, vejo brisa, como brilha toda a claridade dessa humanidade perdida em seu envaidecer.
To aqui, to aqui viva sobre mim, domesticando toda a minha existência.
E toda a água que houver, todas as lágrimas que insistirem em brotar.
To aqui, to no meu habitat.
Nessa vida, existem os rabiscos do dever-ser. To aqui pro meu querer, não me importo com você e suas maldades.
É o ser humano, o animal mais raro, cruel e o mais sarcástico.
Meu dia brilha, e meu Chico disse:
“ninguém vai me segurar, ninguém há de me fechar as portas do coração.”
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