sábado, 27 de outubro de 2012

uma verdade cheia de vontade.


...parecia ser perfeito demais para ser verdade.
Ocorreu quando os desejos foram ouvidos e respeitados.
Tudo em sintonia, num ritmo lento, tornou-se tranquilidade.
Até o vento parecia tomar forma.
E até a forma parecia ter sido recriada pelas pinceladas suaves de Monet.
E no ritmo acalento desalinharam-se os pensamentos.
Einstein (e sua genialidade racional) não entenderia.
Tudo guardado, mas que num instante transparecera sobre a pele.
Era um ato perfeito.
Fato consumado.
E o que era verdade, distanciou-se da razão naquele instante exato.
Minutos após, a verdade mudou de dono, de origem. Modificou-se.
A verdade se perdeu.
Perdeu-se de vista... foi em busca de ousadia.
E no fim, na companhia da razão, perdeu-se a vontade de ir busca-la de volta.
Doces toques tenros e segundos serenos.
Sensibilidade que tomou forma e espaço.
E a forma virou vento. 
E o vento pra longe, levou uma verdade.
Verdade aquela que tinha como forma 58 kgs de vontade.