terça-feira, 24 de maio de 2011

e acredita no amor.

O vazio tomou conta dela assim como de seu coração, da sua forma de viver ou de ver o mundo.
E o descontente desapego lhe abraçou de maneira forçada e sufocante.
Algo diferente insistia em tomar conta de seus instintos.
Ela se recusava a desacreditar no amor, pois já tinha sentindo e bebido de sua água, então sabia que ele existia.
Descobria que não queria acreditar apenas na razão ou na hora certa, queria a sua liberdade de volta.
Eram os amores passados, aqueles repugnados pelos mistérios.
Foram rematados, mas deixaram a sombra do medo ou a racionalização dos sentimentos bons. Era o que ela temia.  
Ela sabia que tinha força, e se recusava a se acostumar com os sentimentos convenientes que esvaziam o coração ao invés de preenchê-lo.
Então decidiu de mãos dadas com a razão, que não deixaria o equilíbrio se envaidecer.
Não queria enlouquecer ou deixar habitar em seu peito um coração petrificado pelo rancor de amores mal vividos.
Percebeu que tinha tempo, que o chão estava ali, que ela tinha pés descalços e mãos livres. Seu caminho era feito de liberdade.
Ela se curvou à idéia de entregar seu coração àquele que encontrasse em seu olhar uma magia certa.  A magia que faz o sorriso reflorescer da maneira mais pura e sincera.



quinta-feira, 19 de maio de 2011

e tenta outra vez.

E nessa vida amigo, não adianta insistir, pois ninguém vence sozinho.
Para se chegar ao topo você caminha lentamente e com determinação.
Mas às vezes pra você não desistir, não cair, não parar no meio do caminho, é necessário um aperto de mão, uma palavra amiga, um abraço sincero.
Um olhar pode mudar tudo. Aquele olhar que diz “Vai lá, eu acredito em você. Você consegue.” Pode mudar a direção dos objetivos da sua vida. Já imaginou?
Conselhos podem acabar com tudo, mas um gesto inocente e sincero pode fazer você sacudir a poeira e continuar em frente. E se você acreditar que eles não existem, feche os olhos e tente perceber de maneira descarregada e sutil, que eles estão lá!
Entretanto, podem realmente faltar palavras ou gestos que te coloquem pra cima. E aquela lágrima triste que insiste em cair no seu momento de fraqueza, pode ser o momento crucial do fracasso.
É vivendo que se aprende e por isso quando a situação chega num ponto mais agressivo, entre no carro e coloque umas das músicas mais lindas do nosso grande Raul...
“Queira! Basta ser sincero e desejar profundo. Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez.”

quarta-feira, 18 de maio de 2011

e acredita na luz.

Eu acredito que a sua luz é responsável pela sua tranqüilidade.
Trata-se de relação compatível e proporcional.
Assim, penso eu, que esta luz permanece somente se você tiver confiança em si próprio.
Algo sublime que não te abandona se você não desacreditar em sua capacidade de se manter iluminado. 
Capacidade de luz, de amor, de paz, de verdade.
É a vontade de se ter sucesso no caminho do autoconhecimento.
E no nosso mundo tem tanta gente bonita, mas “apagada”... Sem graça, sabe?
Guardo pra mim o pensamento de que se tem um lugar aonde você quer chegar, então cuide bem de você, pra conseguir isto velozmente, mas de maneira saudável.
Como disse o grande Renato Russo, “Confie em si mesmo. Quem acredita, sempre alcança.”  
Então, amigo, não se esqueça: Ao chegar LÁ faça um brinde a você, à sua luz e às suas vitórias consolidadas.

(Amém!)


domingo, 15 de maio de 2011

e tira os pés do chão.

Se você quiser voar, se sentir livre, ou pousar aonde der vontade ou for preciso, tire os pés do chão.
Liberte-se de seus medos, das correntes do preconceito, dos conselhos chatos.
Ser livre para o ser humano é algo diferente de se ter asas. É algo que parte de dentro pra fora e não ao contrário.
É libertar-se dos medos interiores. Aqueles que naufragam os sonhos e as vontades mais primitivas.
Ser livre é lembrar-se do querer ser livre e praticar a sua liberdade. Aquela em que ninguém pode pôr a mão. A liberdade que é só sua e de ninguém mais.
É ser conhecedor dos seus medos, devaneios e mistérios.
Ser livre é abraçar o mundo sem sair do lugar.


sexta-feira, 13 de maio de 2011

em Brasília.

Sentindo o vento no rosto, o vento bagunçado os cabelos, o vento umedecendo os olhos que se fecham em descompasso.
Sentada no concreto, conduzindo os olhos nas linhas retas, observando seus ruídos.  Estou diante dos traços monumentais, da cidade iluminada, do além-mundo.
Estou aqui. Isso faz meu sorriso brilhar quando te noto. Faz-me encher o coração de palavras calmas, e minha alma de luz.
Me curvo em direção ao céu. O mais lindo de cores translúcidas. No seu clima sublime, me faz conhecedora de todo seu interior.
Sua energia contamina meu corpo, me faz arrepiar.
Urbana, misteriosa, berço da loucura, do tédio.
Cidade fria. És diferente, és bela.  
Ao sentir seu vento, me sinto viva e percebo como viva você é em mim, Brasília.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Meu sorriso aquarela.


Deitei-me em meu quarto à noite e como de costume, esperei o sono me visitar observando os livros na estante. Ritual que se repete a cada dia, a cada noite adormecida.
Mas hoje, ao encostar minha cabeça no travesseiro, senti um leve sorriso nos lábios. E lembrei-me que isso ocorria raramente. Talvez pela correria do dia a dia que sufoca o corpo ao deitar-se na cama, ou simplesmente por algo desagradável ter surpreendido meus pensamentos no decorrer do dia que se finalizava.  
Ah! Hoje... De maneira excepcional, meus lábios sorriram, de forma leve e quase imperceptível.  Alí, desabrochava a vitória de se ter passado mais um dia. Um dia bom.
Um dia recheado de sol e sorrisos. Era a sensação do Bem tomando conta de mim, dos meus pensamentos e enfim, dos meus lábios.
Isso me fez relembrar os dias em que minha mãe me observava quando criança, ao dormir e dizia no dia seguinte que até dormindo eu sorria.
E agora, no presente, me senti abraçada por este sorriso que de maneira inocente e pura, tomou conta de meus lábios na escuridão do meu quarto.
Sorriso puro, recordação dos sentimentos legítimos de criança.
Este foi meu sorriso leve e bonito.
Meu sorriso aquarela.



domingo, 8 de maio de 2011

Desligue essa TV!

E se você me perguntar sobre a carência que assombra o ar das grandes metrópoles, eu te respondo, isso é culpa do ser humano.
Não acredito que o computador, o celular ou a TV, sejam os culpados. Isso tudo pra mim é desculpa! Desculpa de quem tem preguiça de conhecer a si próprio, de quem tem medo de olhar, de sentir, de se entregar.
Às vezes as máscaras caem e alguns se perdem. Na verdade, todos se perdem.
Por que este caminho aí ninguém conhece.  Conversar cara a cara é coisa de gente desocupada, de gente rica, de quem tem tempo de sobra... Talvez.
Mas porque não se esforçar um pouquinho e sentir de maneira sincera o que deve realmente ser experimentado?
Como diz Los Hermanos em uma de suas melhores canções, “Desliga essa TV pra gente conversar!”



no canto esquecido.

E ali no cantinho, esquecido e escuro eu gritei com os olhos, e ninguém ouviu.
Lá fora, sinto-me como borboleta, sem espaço, sem ar, sem vitória.
Quem sabe um dia tudo muda, tudo evolui e eu consiga ver asas ao invés de passos largos e braços remotos. 
Afastar-me-ei e me olharei em glória para que poucos sustos me contenham.
Eu tenho força afinal. Eu sou dona de si.