terça-feira, 25 de outubro de 2011

Persuasão

Roubaram-lhe um pedaço do corpo
Violaram princípios antigos
Em sete chances arrebentaram o cadeado
Em todas.
Descobriram os sete segredos
Jogaram-lhes aos ventos
Todos.
Violaram condutas e costumes
Dispensaram formalidades e considerações
Lambuzaram-se em mentiras
Lavaram almas na dança de lodo
Proclamaram mentiras
Brindaram fatalidades
Deterioraram esperanças cotidianas
Debruçaram-se sobre a inércia
Alimentaram-se de papéis
Formularam maldades
Trancaram, encaixotaram, arremessaram.
Esqueceu-se de fechar a porta.
A porta.
Hipócritas ofereceram veneno aos sonhos.





sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Para quem tem coração, um aperto serve pra mostrar que ele está vivo.

No lado firme da vida, lá aonde as mãos não tocam e as palavras aconchegam, é o esconderijo do seu ser, do interior afastado e isolado.
Involuntários pensamentos maldosos tiveram como objeto um coração triste, amargurado pelas reações humanas. Atos viris.
Houve questionamento, deslumbrou-se da razão e tudo aquilo tomou conta de suas descrições.
Eram ilusões e frustrações.
A triste hora: o desvio fez dos momentos puros e dos atos sobrevindos da amizade real, reflexões de inferioridade e desgosto.
Triste hora. Era o seu ponto de fraqueza.
Era o que acontecia quando a dor atormentava. Eram lembranças.
Depois, vinham raiva e considerações maldosas.
Exatamente ali ela regredia. Seu espírito destoava de seu abraço fraterno.
Mas em seu esconderijo profundo, sabia quem realmente segurava sua mão, quem olhava em seus olhos e compreendia passo a passo os trejeitos de sua alma.
O mundo tinha desabado, seu mapa havia desaparecido. Ela estava sozinha.
Havia perdido o brilho nos olhos, a pureza de criança que contaminava a forma como antes abraçava o mundo.
Ela era alegre e possuía sentimentos brandos.
A menininha sabia, por mais que o mundo a fizesse desacreditar: Havia luz lá no finalzinho do Eixão ou de um canudinho. Ela não iria desistir dos bons sentimentos ou da sua maneira leve e sincera de acreditar nos seres humanos. E quando isso acontecesse, era a esperança que acendia mais uma velinha.


sábado, 8 de outubro de 2011

recriando.


Rasgue mapas
Regue vontades
Resgate regras
Reveja conceitos
Rejeite planos
Realize sonhos
Respeite perdas
Respire a brisa nova
Recaia em ondas
Revire lembranças
Regenere a força
Reequilibra-se no ciclo
Requebre relações
Redirecione intenções
Risque o pequeno
Reveja a leveza
Recrie o Bem
Releia sentimentos
Retrate laços
Reabilite a esperança
Reflita, recorde, reconsidere
Ria se este é o seu melhor.

Recomece.