quarta-feira, 15 de junho de 2011

o pouso da borboleta.

...de repente vi seu pouso súbito e que logo após, ela se escondeu.
Suas asas estavam quebradas e a queda fez com que ela perdesse as forças.
Infeliz, apoiou seu corpo sobre as pedras esquecendo-se de sua luz quando pairava sobre os girassóis. Escutei seu choro triste...
Não podia mais voar. Tinha perdido a fórmula mágica. Tinha desacreditado.
Ela tinha que crer naquela receita para conseguir levantar voo. Mas ela tinha perdido o interesse, as asas, o seu amor. Por isso, se sentia pequena e vazia.
A borboleta, sozinha e desprotegida, perdeu-se de seu porto-seguro e não tinha mais pra onde voltar.
Seu amor foi embora e para a borboleta deixou apenas um coração quebrado.
Diante da desilusão, ela se perdeu, quebrou suas asas, afastou a razão, foi de encontro ao chão.
Era a cena mais triste, meus olhos se encheram d água... 
A linda borboleta entregou-se e não sabia mais voar.



quinta-feira, 9 de junho de 2011

na T.P.M.

Mais um dia e ela acordou triste, desanimada e sem forças.
E aquela sensação de derrota tomou conta do seu corpo no decorrer do dia.
Um caminhão imaginário tinha passado por cima dela e carregado para bem longe toda sua vontade e entusiasmo.
Então, derrotada, ela ficou parada no tempo esperando algum vento a levar.
Com o vento veio o sentimento de fraqueza, de destruição, de fracasso.
Ela desistiu. Não queria lutar nem tentar. Queria apenas seu cantinho quieto, permanecer despercebida e imóvel.
A vontade de ser invisível vinha sempre forte. E Como se não bastasse toda a tristeza, ela sentia raiva, mau-humor e que todas as almas desaparecessem da sua visão.
Não tinha mais vontade de abraçar alguém ou o mundo. Então chorava, e chorava muito.
E sem motivo concreto ou algum filme com final triste, pacífica, ela despencava e deixava as lágrimas percorrerem o seu rosto.
Ninguém seria capaz de entender os motivos de tanta lágrima ou a razão da tristeza em seus olhos. Talvez nem ela fosse capaz de conseguir entender. Geralmente não conseguia.
Mas aquilo passava.  Ela sabia que passava. Era sempre assim.
Então quando acontecia, alguém lhe dizia: Minha menina, tente se tranqüilizar. Isso vai passar.
E para os meninos, era indubitável que eles entendessem.
Pois homem são homens e devem realmente entender. Não há escolha.
Então, no fim, a menina percebeu que a tristeza havia ido embora e com as bochechas rosadas pedia desculpas e, um grande e forte abraço.

domingo, 5 de junho de 2011

dizendo "Eu te amo!"

Não me lembro a última vez que eu disse “eu te amo”.
Quem sabe a culpa seja das fases da vida, quando algumas fazem você pronunciar essa frase com mais freqüência e outras, raramente.
Concordo que tem que ser sincero e verdadeiro. Mas não tem que ser recíproco.
Você dizer que ama alguém não estabelece por si só, uma relação de reciprocidade.
Declarar seu amor é simplesmente deixar transparecer todo o sentimento e toda a sua força, sem esperar uma resposta ou reação.
Dizer que ama, é se deixar levar pelo embalo da vontade. É se preocupar,  se doar, cuidar e querer o bem de alguém.
Tem gente que diz “eu te amo” sempre e até banaliza tal situação. Pessoas que não se recordam do efeito das palavras ditas com amor puro.  Mas isso você sabe distinguir.
Penso comigo então que deixar de expor estas palavras mesmo quando elas querem ser pronunciadas, não vale a pena.
Então te digo meu amigo: Corra lá e diga “eu te amo” antes que seja tarde. Mas não diga isso só porque quer agradar ou porque é o dia dos namorados.
Faça isso da maneira mais sincera e sutil.
Que seja o sortudo seu cachorro, sua mãe, irmão ou amigo. Mas não deixe de dizer.
Lembre-se de uma das infinitas canções que tentam explicar tamanho sentimento.
Como afirmado pelo Rei “Como é grande meu amor por você!”