quinta-feira, 9 de junho de 2011

na T.P.M.

Mais um dia e ela acordou triste, desanimada e sem forças.
E aquela sensação de derrota tomou conta do seu corpo no decorrer do dia.
Um caminhão imaginário tinha passado por cima dela e carregado para bem longe toda sua vontade e entusiasmo.
Então, derrotada, ela ficou parada no tempo esperando algum vento a levar.
Com o vento veio o sentimento de fraqueza, de destruição, de fracasso.
Ela desistiu. Não queria lutar nem tentar. Queria apenas seu cantinho quieto, permanecer despercebida e imóvel.
A vontade de ser invisível vinha sempre forte. E Como se não bastasse toda a tristeza, ela sentia raiva, mau-humor e que todas as almas desaparecessem da sua visão.
Não tinha mais vontade de abraçar alguém ou o mundo. Então chorava, e chorava muito.
E sem motivo concreto ou algum filme com final triste, pacífica, ela despencava e deixava as lágrimas percorrerem o seu rosto.
Ninguém seria capaz de entender os motivos de tanta lágrima ou a razão da tristeza em seus olhos. Talvez nem ela fosse capaz de conseguir entender. Geralmente não conseguia.
Mas aquilo passava.  Ela sabia que passava. Era sempre assim.
Então quando acontecia, alguém lhe dizia: Minha menina, tente se tranqüilizar. Isso vai passar.
E para os meninos, era indubitável que eles entendessem.
Pois homem são homens e devem realmente entender. Não há escolha.
Então, no fim, a menina percebeu que a tristeza havia ido embora e com as bochechas rosadas pedia desculpas e, um grande e forte abraço.

Nenhum comentário:

Postar um comentário