segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Obras primas.

Papéis e rascunhos.
Um jagunço. Ano velho.
Fica pra trás, rapaz.
É a nova era no entardecer.
Amolecem primaveras, sacode verão.
Desanda na lua, chama tua viúva
A parte que pra trás quis deixar.
Clareia infinito.
Base do trombone.
Filtra tons.
Sacode taças, aquela gargalhada.
Observa fogo, mata a sede.
Poros ambientes.
Faz parte da madeira.
Curva pra chocar.
Passa as mãos nos nós.
Sente, segue
Não tem dó.
Segura roda, seca prudência.
Samba todo instante.
Traz pro agora toda a aurora
Julga passos noutrora.
“façamos obras primas”

Vai ser.


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

com os braços abertos.

Tudo foi como eu te disse.
Caso não se lembre, eu lavei a alma.
Repentinamente acolhi o sorriso mais puro e logo mantive os braços abertos.
E assim circulei na companhia do vento singelo...
Apoiei-me sobre a pequena janela do mundo
Acordei o sol e soletrei alegrias
Descobri um coração mais calmo, mais tranquilo.
E foi por isso que flutuei na paisagem de paz.
E flutuando, acolhi a miragem mais bela
Lembro-me bem, a brisa era leve.
Então, me libertei.
Escolhi me acorrentar ao ato do desapego.
Aceitei os erros e brindei todas as quedas
Fechei os olhos e segui o compasso livre da alma aberta
E assim pude sentir o peso da sinceridade.
Vi a luz ressurgindo
Concedi todo o meu jardim de girassóis à paciência
Lembrei que era pelo Bem que eu sobrevivia.
Meus instintos concordaram e sussurraram:
“É pela evolução que os corações reflorescem.”
No presente, meus passos seguem sem discordar.



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Persuasão

Roubaram-lhe um pedaço do corpo
Violaram princípios antigos
Em sete chances arrebentaram o cadeado
Em todas.
Descobriram os sete segredos
Jogaram-lhes aos ventos
Todos.
Violaram condutas e costumes
Dispensaram formalidades e considerações
Lambuzaram-se em mentiras
Lavaram almas na dança de lodo
Proclamaram mentiras
Brindaram fatalidades
Deterioraram esperanças cotidianas
Debruçaram-se sobre a inércia
Alimentaram-se de papéis
Formularam maldades
Trancaram, encaixotaram, arremessaram.
Esqueceu-se de fechar a porta.
A porta.
Hipócritas ofereceram veneno aos sonhos.





sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Para quem tem coração, um aperto serve pra mostrar que ele está vivo.

No lado firme da vida, lá aonde as mãos não tocam e as palavras aconchegam, é o esconderijo do seu ser, do interior afastado e isolado.
Involuntários pensamentos maldosos tiveram como objeto um coração triste, amargurado pelas reações humanas. Atos viris.
Houve questionamento, deslumbrou-se da razão e tudo aquilo tomou conta de suas descrições.
Eram ilusões e frustrações.
A triste hora: o desvio fez dos momentos puros e dos atos sobrevindos da amizade real, reflexões de inferioridade e desgosto.
Triste hora. Era o seu ponto de fraqueza.
Era o que acontecia quando a dor atormentava. Eram lembranças.
Depois, vinham raiva e considerações maldosas.
Exatamente ali ela regredia. Seu espírito destoava de seu abraço fraterno.
Mas em seu esconderijo profundo, sabia quem realmente segurava sua mão, quem olhava em seus olhos e compreendia passo a passo os trejeitos de sua alma.
O mundo tinha desabado, seu mapa havia desaparecido. Ela estava sozinha.
Havia perdido o brilho nos olhos, a pureza de criança que contaminava a forma como antes abraçava o mundo.
Ela era alegre e possuía sentimentos brandos.
A menininha sabia, por mais que o mundo a fizesse desacreditar: Havia luz lá no finalzinho do Eixão ou de um canudinho. Ela não iria desistir dos bons sentimentos ou da sua maneira leve e sincera de acreditar nos seres humanos. E quando isso acontecesse, era a esperança que acendia mais uma velinha.


sábado, 8 de outubro de 2011

recriando.


Rasgue mapas
Regue vontades
Resgate regras
Reveja conceitos
Rejeite planos
Realize sonhos
Respeite perdas
Respire a brisa nova
Recaia em ondas
Revire lembranças
Regenere a força
Reequilibra-se no ciclo
Requebre relações
Redirecione intenções
Risque o pequeno
Reveja a leveza
Recrie o Bem
Releia sentimentos
Retrate laços
Reabilite a esperança
Reflita, recorde, reconsidere
Ria se este é o seu melhor.

Recomece.



terça-feira, 27 de setembro de 2011

... como os ponteiros do relógio.

Só o tempo seria capaz de apagar memórias, de escrever linhas novas, de declarar a sensação de novidade. Seria ele então, capaz de remediar a doença crônica dos desesperados, afastando carências e erros?
Advirto sobre o tempo capaz de escolher as respostas apropriadas e colocá-las nos lugares certos do quebra-cabeça errado da vida.
Seria ele capaz de clarear os caminhos mais turvos, de acertar as linhas tortas do desterro, e se persistir, saberia ele a resposta de tantas perguntas não questionadas?
O tempo capaz de amadurecer os despreocupados, de suavizar o aperto dos aflitos, de orientar para onde guardar tamanha saudade.
Tempo que incomoda, que bate à porta, que pede passagem e que nem sempre é bem vindo.
Tempo que traz em seu vento bons frutos, a rara flor com cor de compreensão, a flecha de fogo extasiado aos desestimulados, a cura para os corações partidos.
É tempo de esperar que o tempo nos faça superar a dor das desilusões.   




segunda-feira, 29 de agosto de 2011

em um ponto fixo.

Na minha mente, rente, quente te escreve em versos.
Soletra o código de seus lábios. Afasta o improvável.
Cobre-se com o manto da ilusão.
Diagnostica todo o alarde. Falta, corrói, dói.
Amassa tudo, converte em pedaços de alumínio.
Chuta pra fora um pedaço de equilíbrio.
Aflição, fixação, descarrego do ego, deixa transparecer.
Esquece de tomar a dose de precaução, proteção de todo dia.
Vontade, significado do alarme.
Vai com tudo, deixa para trás o nada. Vai transcender.
Prevalece no brilho da alma-luz. Corre atrás.
Vai buscar sua parte, que deixaste com a Saudade.



sábado, 13 de agosto de 2011

e tem saudade dos bons amigos.

Vou te contar um segredo:  Bons amigos são sempre bons amigos, mesmo que eles estejam bem longe, por exemplo, em Manaus ou São Paulo.
O importante e mais gratificante é que a sintonia da volta é a mesma, talvez até mais linda.
Esse texto aqui é bem íntimo. To tentando retratar a falta que me faz os bons amigos que se mudaram e que mesmo de longe, me fazem sorrir com as lembranças engraçadas e boas. Alguns ainda me fazem chorar de saudade. Chorar mesmo, de verdade.
Mas ao mesmo tempo, me sinto feliz, eles estão bem, estão vivos por aqui e estão construindo um futuro. Eles são demais!
Então oro e peço a Papai do Céu para que num futuro bem próximo estejamos ligados um ao outro na forma física, que seja por um abraço, uma risada, uma conversa séria ou até mesmo uma discussão. Isso tudo faz parte.
Amigos, meus bons amigos fazem parte de mim, fazem parte da minha integridade, dos meus sentimentos bons, da minha saudade mais sincera, da minha vontade gigante de abraçá-los, de gritar “eu te amo!”, de brigar, de puxar a orelha, de estar junto. Sempre junto.
Olha Rei, Emoções eu vivo e vivi, mas meus bons amigos, mesmo morando longe, ainda estão perto de mim.


domingo, 7 de agosto de 2011

no tempo.

O tempo, a hora, a minha discórdia.
O stop dos desesperados à procura de suas ilusões.
Da glória que passa apertada.
To aqui, to eu, ta você.
No meu tempo, meu minuto, só meu.
Ninguém há de me corrigir. Sinto-me luz, sinto-me guia.
No meu cigarro, minha sintonia, sintonia do meu eu.
Numa dose, conheço meu ser, vou até meu fim, até Marte pra me conhecer.
Enquanto tun tun meu coração, vou agitar. Vou viver.        
Sinto-me luz, sinto-me eu.
Tenho meu tempo, você tem o seu e assim eu espero.
Acenda uma vida, acenda a agonia, todos querem saber.
Acendi um cigarro, vi ele se queimar implorado por vida, por desapego, pela desilusão.
É o tempo da luz cega, do entardecer envergonhado.
Do sol, meu sol estacionado nas lacunas de todo um instante.
Vejo luz, vejo brisa, como brilha toda a claridade dessa humanidade perdida em seu envaidecer.
To aqui, to aqui viva sobre mim, domesticando toda a minha existência.
E toda a água que houver, todas as lágrimas que insistirem em brotar.
To aqui, to no meu habitat.
Nessa vida, existem os rabiscos do dever-ser. To aqui pro meu querer, não me importo com você e suas maldades.
É o ser humano, o animal mais raro, cruel e o mais sarcástico.
Meu dia brilha, e meu Chico disse:
“ninguém vai me segurar, ninguém há de me fechar as portas do coração.”




terça-feira, 12 de julho de 2011

em um sopro.

A melancolia dos meus dias
Nestes teus assuntos vagos
Estão os olhares próximos
Aonde eu possa estar.

Carrego firmeza,
Um pouco de tristeza,
Eu caminho pro lado de lá.

Acentuo a força,
Na sinceridade eu dito regra,
Não vou balançar.

A jornada de longos e bons dias,
Vou com tudo, vou em cima,
Eu chego lá.

Lúdicos caminhos,
Travessia tênue,
No compasso do meu sorriso,
Comparsa da minha história,
Ah... Eu vou desbravar.

Abraço o vento,
Sinto sedoso e sereno,
O meu equilíbrio a me acompanhar.

Afundo na areia,
Jogo-me à beira,
Procuro uma fogueira,
Sinto a brisa forte e segura,
do meu mar.






sábado, 2 de julho de 2011

Qual é a sua razão?

Uns procuram a felicidade na rodinha escutando ou tocando um violão. Outros exageram na bebida pra ver passar uma angustia que não sai do coração.
Tem gente que treina no espelho pra não fazer feio quando o batimento acelerar. Tem quem prefira um bom livro à companhia de quem insiste em telefonar.
Alguns não conseguem ficar sozinhos, não suportam o silêncio e antes que ele chegue deixa a porta bem aberta à espera de qualquer um entrar.
Tem gente cruzando os dedos, aguardando a hora da estrela. Gente que acende o cigarro e vê o tempo passar.
Têm aqueles enclausurados em seus sentimentos esquecendo que lá fora tem vida, vida que pode realmente ajudar.
Todo mundo aqui tem sua forma de sobreviver às crueldades da angustia, aos segredos íntimos, aos medos mais profundos.
Ninguém sabe ao certo os motivos que nos levam a pensar ou questionar, o porquê da existência de uma taça de vinho na sala, da cerveja gelada no boteco, de uma companhia desagradável ou legal, do gosto amargo de algumas palavras, do choro triste, de um sorriso fora de hora, do mérito merecido, do suor, da dor incontrolável.
E se alguém finalmente conseguir harmonizar dentro de si tantas dúvidas, sentimentos, surpresas e conspirações, eu lhe digo, parabéns, você deixou de ser humano.
Então me sento aqui, calmamente, olhando pro infinito e te digo, amigo: To com a sensação de leveza e liberdade. Acho que caminho na direção dos meus melhores objetivos quando estes me batem à cabeça. To apontando pra eles. Por enquanto, esta parece ser a minha razão.
Então, se um dia eu chegar lá, conto pra você se a minha angustia anestesiada se cala por pelo menos algumas horas.



quarta-feira, 15 de junho de 2011

o pouso da borboleta.

...de repente vi seu pouso súbito e que logo após, ela se escondeu.
Suas asas estavam quebradas e a queda fez com que ela perdesse as forças.
Infeliz, apoiou seu corpo sobre as pedras esquecendo-se de sua luz quando pairava sobre os girassóis. Escutei seu choro triste...
Não podia mais voar. Tinha perdido a fórmula mágica. Tinha desacreditado.
Ela tinha que crer naquela receita para conseguir levantar voo. Mas ela tinha perdido o interesse, as asas, o seu amor. Por isso, se sentia pequena e vazia.
A borboleta, sozinha e desprotegida, perdeu-se de seu porto-seguro e não tinha mais pra onde voltar.
Seu amor foi embora e para a borboleta deixou apenas um coração quebrado.
Diante da desilusão, ela se perdeu, quebrou suas asas, afastou a razão, foi de encontro ao chão.
Era a cena mais triste, meus olhos se encheram d água... 
A linda borboleta entregou-se e não sabia mais voar.



quinta-feira, 9 de junho de 2011

na T.P.M.

Mais um dia e ela acordou triste, desanimada e sem forças.
E aquela sensação de derrota tomou conta do seu corpo no decorrer do dia.
Um caminhão imaginário tinha passado por cima dela e carregado para bem longe toda sua vontade e entusiasmo.
Então, derrotada, ela ficou parada no tempo esperando algum vento a levar.
Com o vento veio o sentimento de fraqueza, de destruição, de fracasso.
Ela desistiu. Não queria lutar nem tentar. Queria apenas seu cantinho quieto, permanecer despercebida e imóvel.
A vontade de ser invisível vinha sempre forte. E Como se não bastasse toda a tristeza, ela sentia raiva, mau-humor e que todas as almas desaparecessem da sua visão.
Não tinha mais vontade de abraçar alguém ou o mundo. Então chorava, e chorava muito.
E sem motivo concreto ou algum filme com final triste, pacífica, ela despencava e deixava as lágrimas percorrerem o seu rosto.
Ninguém seria capaz de entender os motivos de tanta lágrima ou a razão da tristeza em seus olhos. Talvez nem ela fosse capaz de conseguir entender. Geralmente não conseguia.
Mas aquilo passava.  Ela sabia que passava. Era sempre assim.
Então quando acontecia, alguém lhe dizia: Minha menina, tente se tranqüilizar. Isso vai passar.
E para os meninos, era indubitável que eles entendessem.
Pois homem são homens e devem realmente entender. Não há escolha.
Então, no fim, a menina percebeu que a tristeza havia ido embora e com as bochechas rosadas pedia desculpas e, um grande e forte abraço.

domingo, 5 de junho de 2011

dizendo "Eu te amo!"

Não me lembro a última vez que eu disse “eu te amo”.
Quem sabe a culpa seja das fases da vida, quando algumas fazem você pronunciar essa frase com mais freqüência e outras, raramente.
Concordo que tem que ser sincero e verdadeiro. Mas não tem que ser recíproco.
Você dizer que ama alguém não estabelece por si só, uma relação de reciprocidade.
Declarar seu amor é simplesmente deixar transparecer todo o sentimento e toda a sua força, sem esperar uma resposta ou reação.
Dizer que ama, é se deixar levar pelo embalo da vontade. É se preocupar,  se doar, cuidar e querer o bem de alguém.
Tem gente que diz “eu te amo” sempre e até banaliza tal situação. Pessoas que não se recordam do efeito das palavras ditas com amor puro.  Mas isso você sabe distinguir.
Penso comigo então que deixar de expor estas palavras mesmo quando elas querem ser pronunciadas, não vale a pena.
Então te digo meu amigo: Corra lá e diga “eu te amo” antes que seja tarde. Mas não diga isso só porque quer agradar ou porque é o dia dos namorados.
Faça isso da maneira mais sincera e sutil.
Que seja o sortudo seu cachorro, sua mãe, irmão ou amigo. Mas não deixe de dizer.
Lembre-se de uma das infinitas canções que tentam explicar tamanho sentimento.
Como afirmado pelo Rei “Como é grande meu amor por você!”



terça-feira, 24 de maio de 2011

e acredita no amor.

O vazio tomou conta dela assim como de seu coração, da sua forma de viver ou de ver o mundo.
E o descontente desapego lhe abraçou de maneira forçada e sufocante.
Algo diferente insistia em tomar conta de seus instintos.
Ela se recusava a desacreditar no amor, pois já tinha sentindo e bebido de sua água, então sabia que ele existia.
Descobria que não queria acreditar apenas na razão ou na hora certa, queria a sua liberdade de volta.
Eram os amores passados, aqueles repugnados pelos mistérios.
Foram rematados, mas deixaram a sombra do medo ou a racionalização dos sentimentos bons. Era o que ela temia.  
Ela sabia que tinha força, e se recusava a se acostumar com os sentimentos convenientes que esvaziam o coração ao invés de preenchê-lo.
Então decidiu de mãos dadas com a razão, que não deixaria o equilíbrio se envaidecer.
Não queria enlouquecer ou deixar habitar em seu peito um coração petrificado pelo rancor de amores mal vividos.
Percebeu que tinha tempo, que o chão estava ali, que ela tinha pés descalços e mãos livres. Seu caminho era feito de liberdade.
Ela se curvou à idéia de entregar seu coração àquele que encontrasse em seu olhar uma magia certa.  A magia que faz o sorriso reflorescer da maneira mais pura e sincera.



quinta-feira, 19 de maio de 2011

e tenta outra vez.

E nessa vida amigo, não adianta insistir, pois ninguém vence sozinho.
Para se chegar ao topo você caminha lentamente e com determinação.
Mas às vezes pra você não desistir, não cair, não parar no meio do caminho, é necessário um aperto de mão, uma palavra amiga, um abraço sincero.
Um olhar pode mudar tudo. Aquele olhar que diz “Vai lá, eu acredito em você. Você consegue.” Pode mudar a direção dos objetivos da sua vida. Já imaginou?
Conselhos podem acabar com tudo, mas um gesto inocente e sincero pode fazer você sacudir a poeira e continuar em frente. E se você acreditar que eles não existem, feche os olhos e tente perceber de maneira descarregada e sutil, que eles estão lá!
Entretanto, podem realmente faltar palavras ou gestos que te coloquem pra cima. E aquela lágrima triste que insiste em cair no seu momento de fraqueza, pode ser o momento crucial do fracasso.
É vivendo que se aprende e por isso quando a situação chega num ponto mais agressivo, entre no carro e coloque umas das músicas mais lindas do nosso grande Raul...
“Queira! Basta ser sincero e desejar profundo. Você será capaz de sacudir o mundo, vai
Tente outra vez.”

quarta-feira, 18 de maio de 2011

e acredita na luz.

Eu acredito que a sua luz é responsável pela sua tranqüilidade.
Trata-se de relação compatível e proporcional.
Assim, penso eu, que esta luz permanece somente se você tiver confiança em si próprio.
Algo sublime que não te abandona se você não desacreditar em sua capacidade de se manter iluminado. 
Capacidade de luz, de amor, de paz, de verdade.
É a vontade de se ter sucesso no caminho do autoconhecimento.
E no nosso mundo tem tanta gente bonita, mas “apagada”... Sem graça, sabe?
Guardo pra mim o pensamento de que se tem um lugar aonde você quer chegar, então cuide bem de você, pra conseguir isto velozmente, mas de maneira saudável.
Como disse o grande Renato Russo, “Confie em si mesmo. Quem acredita, sempre alcança.”  
Então, amigo, não se esqueça: Ao chegar LÁ faça um brinde a você, à sua luz e às suas vitórias consolidadas.

(Amém!)


domingo, 15 de maio de 2011

e tira os pés do chão.

Se você quiser voar, se sentir livre, ou pousar aonde der vontade ou for preciso, tire os pés do chão.
Liberte-se de seus medos, das correntes do preconceito, dos conselhos chatos.
Ser livre para o ser humano é algo diferente de se ter asas. É algo que parte de dentro pra fora e não ao contrário.
É libertar-se dos medos interiores. Aqueles que naufragam os sonhos e as vontades mais primitivas.
Ser livre é lembrar-se do querer ser livre e praticar a sua liberdade. Aquela em que ninguém pode pôr a mão. A liberdade que é só sua e de ninguém mais.
É ser conhecedor dos seus medos, devaneios e mistérios.
Ser livre é abraçar o mundo sem sair do lugar.


sexta-feira, 13 de maio de 2011

em Brasília.

Sentindo o vento no rosto, o vento bagunçado os cabelos, o vento umedecendo os olhos que se fecham em descompasso.
Sentada no concreto, conduzindo os olhos nas linhas retas, observando seus ruídos.  Estou diante dos traços monumentais, da cidade iluminada, do além-mundo.
Estou aqui. Isso faz meu sorriso brilhar quando te noto. Faz-me encher o coração de palavras calmas, e minha alma de luz.
Me curvo em direção ao céu. O mais lindo de cores translúcidas. No seu clima sublime, me faz conhecedora de todo seu interior.
Sua energia contamina meu corpo, me faz arrepiar.
Urbana, misteriosa, berço da loucura, do tédio.
Cidade fria. És diferente, és bela.  
Ao sentir seu vento, me sinto viva e percebo como viva você é em mim, Brasília.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Meu sorriso aquarela.


Deitei-me em meu quarto à noite e como de costume, esperei o sono me visitar observando os livros na estante. Ritual que se repete a cada dia, a cada noite adormecida.
Mas hoje, ao encostar minha cabeça no travesseiro, senti um leve sorriso nos lábios. E lembrei-me que isso ocorria raramente. Talvez pela correria do dia a dia que sufoca o corpo ao deitar-se na cama, ou simplesmente por algo desagradável ter surpreendido meus pensamentos no decorrer do dia que se finalizava.  
Ah! Hoje... De maneira excepcional, meus lábios sorriram, de forma leve e quase imperceptível.  Alí, desabrochava a vitória de se ter passado mais um dia. Um dia bom.
Um dia recheado de sol e sorrisos. Era a sensação do Bem tomando conta de mim, dos meus pensamentos e enfim, dos meus lábios.
Isso me fez relembrar os dias em que minha mãe me observava quando criança, ao dormir e dizia no dia seguinte que até dormindo eu sorria.
E agora, no presente, me senti abraçada por este sorriso que de maneira inocente e pura, tomou conta de meus lábios na escuridão do meu quarto.
Sorriso puro, recordação dos sentimentos legítimos de criança.
Este foi meu sorriso leve e bonito.
Meu sorriso aquarela.



domingo, 8 de maio de 2011

Desligue essa TV!

E se você me perguntar sobre a carência que assombra o ar das grandes metrópoles, eu te respondo, isso é culpa do ser humano.
Não acredito que o computador, o celular ou a TV, sejam os culpados. Isso tudo pra mim é desculpa! Desculpa de quem tem preguiça de conhecer a si próprio, de quem tem medo de olhar, de sentir, de se entregar.
Às vezes as máscaras caem e alguns se perdem. Na verdade, todos se perdem.
Por que este caminho aí ninguém conhece.  Conversar cara a cara é coisa de gente desocupada, de gente rica, de quem tem tempo de sobra... Talvez.
Mas porque não se esforçar um pouquinho e sentir de maneira sincera o que deve realmente ser experimentado?
Como diz Los Hermanos em uma de suas melhores canções, “Desliga essa TV pra gente conversar!”



no canto esquecido.

E ali no cantinho, esquecido e escuro eu gritei com os olhos, e ninguém ouviu.
Lá fora, sinto-me como borboleta, sem espaço, sem ar, sem vitória.
Quem sabe um dia tudo muda, tudo evolui e eu consiga ver asas ao invés de passos largos e braços remotos. 
Afastar-me-ei e me olharei em glória para que poucos sustos me contenham.
Eu tenho força afinal. Eu sou dona de si.