terça-feira, 27 de setembro de 2011

... como os ponteiros do relógio.

Só o tempo seria capaz de apagar memórias, de escrever linhas novas, de declarar a sensação de novidade. Seria ele então, capaz de remediar a doença crônica dos desesperados, afastando carências e erros?
Advirto sobre o tempo capaz de escolher as respostas apropriadas e colocá-las nos lugares certos do quebra-cabeça errado da vida.
Seria ele capaz de clarear os caminhos mais turvos, de acertar as linhas tortas do desterro, e se persistir, saberia ele a resposta de tantas perguntas não questionadas?
O tempo capaz de amadurecer os despreocupados, de suavizar o aperto dos aflitos, de orientar para onde guardar tamanha saudade.
Tempo que incomoda, que bate à porta, que pede passagem e que nem sempre é bem vindo.
Tempo que traz em seu vento bons frutos, a rara flor com cor de compreensão, a flecha de fogo extasiado aos desestimulados, a cura para os corações partidos.
É tempo de esperar que o tempo nos faça superar a dor das desilusões.   




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