terça-feira, 24 de maio de 2011

e acredita no amor.

O vazio tomou conta dela assim como de seu coração, da sua forma de viver ou de ver o mundo.
E o descontente desapego lhe abraçou de maneira forçada e sufocante.
Algo diferente insistia em tomar conta de seus instintos.
Ela se recusava a desacreditar no amor, pois já tinha sentindo e bebido de sua água, então sabia que ele existia.
Descobria que não queria acreditar apenas na razão ou na hora certa, queria a sua liberdade de volta.
Eram os amores passados, aqueles repugnados pelos mistérios.
Foram rematados, mas deixaram a sombra do medo ou a racionalização dos sentimentos bons. Era o que ela temia.  
Ela sabia que tinha força, e se recusava a se acostumar com os sentimentos convenientes que esvaziam o coração ao invés de preenchê-lo.
Então decidiu de mãos dadas com a razão, que não deixaria o equilíbrio se envaidecer.
Não queria enlouquecer ou deixar habitar em seu peito um coração petrificado pelo rancor de amores mal vividos.
Percebeu que tinha tempo, que o chão estava ali, que ela tinha pés descalços e mãos livres. Seu caminho era feito de liberdade.
Ela se curvou à idéia de entregar seu coração àquele que encontrasse em seu olhar uma magia certa.  A magia que faz o sorriso reflorescer da maneira mais pura e sincera.



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