sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Para quem tem coração, um aperto serve pra mostrar que ele está vivo.

No lado firme da vida, lá aonde as mãos não tocam e as palavras aconchegam, é o esconderijo do seu ser, do interior afastado e isolado.
Involuntários pensamentos maldosos tiveram como objeto um coração triste, amargurado pelas reações humanas. Atos viris.
Houve questionamento, deslumbrou-se da razão e tudo aquilo tomou conta de suas descrições.
Eram ilusões e frustrações.
A triste hora: o desvio fez dos momentos puros e dos atos sobrevindos da amizade real, reflexões de inferioridade e desgosto.
Triste hora. Era o seu ponto de fraqueza.
Era o que acontecia quando a dor atormentava. Eram lembranças.
Depois, vinham raiva e considerações maldosas.
Exatamente ali ela regredia. Seu espírito destoava de seu abraço fraterno.
Mas em seu esconderijo profundo, sabia quem realmente segurava sua mão, quem olhava em seus olhos e compreendia passo a passo os trejeitos de sua alma.
O mundo tinha desabado, seu mapa havia desaparecido. Ela estava sozinha.
Havia perdido o brilho nos olhos, a pureza de criança que contaminava a forma como antes abraçava o mundo.
Ela era alegre e possuía sentimentos brandos.
A menininha sabia, por mais que o mundo a fizesse desacreditar: Havia luz lá no finalzinho do Eixão ou de um canudinho. Ela não iria desistir dos bons sentimentos ou da sua maneira leve e sincera de acreditar nos seres humanos. E quando isso acontecesse, era a esperança que acendia mais uma velinha.


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