terça-feira, 17 de abril de 2012

2 rotas.

Fala-se dos desesperados.
Ressaltam que em suas idas e vindas, nas dúvidas e contratempos, eles optam por preencherem seus dias de mesmices.
Afirmam ser a rotina acumulada, o que pesa. 
É o tal do corpo velho e da alma nova.
...serve para quê?
Corre-corre. E no fim chega-se ao mesmo lugar.
Entediados que persistem no percurso já ultrapassado.
Chegam.
Sem surpresa, perdendo o brilho.
Seguindo um mapa, não param para questionar ou saber se é de concreto, se é real.
Não sabem se ao menos sentem algo. 
E o coração, ainda bate?
(...)
Fala-se em desesperados geniais.
Os que alteram a rota arriscando-se.
Inovando o mundo por apenas um segundo.
São mantidos vivos pela angustia provocada pelo ócio.
São mantidos vivos por si mesmos.
...e são como a Terra, que em seu interior, guarda calor para manter-se viva.
São os que se perdem, que se permitem. 
Carregam na bagagem, o novo.
São sustentados em função de suas próprias buscas interiores.
Exteriorizam todo o sentimento da verdade.
Eles continuam reluzentes em qualquer idade, meio ou ambiente.

São eles os que possuem passos serenos e o olhar mais intenso.



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