terça-feira, 15 de outubro de 2013

O artifício da artificialidade (des)necessária.


Eu mudo de lado, de cor e de dor.
Degusto o novo, o desgosto, a consciência, a desilusão.
Não há fotos de “sorrisos Colgate” na parede.
Não há aproximação involuntária via sms.
Há decepção, solidão, tristeza.
E no fim tudo é realmente feito de plástico.
Às vezes um vinho, uma dança, uma canção inesperada.
Olhos abertos durante o dia e a noite saudade.
Sentimentos pesados aconchegados.
Ocupam espaço, mas são indispensáveis.
Eu acordo com os pássaros.
E o Sapo da madrugada não vira príncipe pela manhã.
Então sacudo a poeira, fecho portas e abro as janelas.
É mais seguro esperar o sol se aproximar do que convidá-lo a entrar?
Há pedágio no seu caminho? Quanto é para entrar?
Às vezes são elas, as lágrimas de pesadelo que aparecem.
E desse jeito fico tão longe de mim...
Amizade se torna colo, livros se tornam amigos.
A mente esta aberta bem como a saudade esta vazia.
E agora?
Eu assopro o dia, faço horas e a madrugada permanece desocupada.
Desagradáveis momentos suaves e bonitos.
Reencontros de pés descalços alucinados.
Coração oscilado nas notas de “Tristan und Isolde”.  
E no final meu espaço é roubado.
(...)
Quero tudo de volta.
Do Direito ao delírio.
Quero o A, o B, o C e todos os Ds restaurados.

Posso passar pra buscar?



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